segunda-feira, 10 de maio de 2010

Etnocentrismo

Centro Universitário do Norte – UNINORTE


Curso de Licenciatura em Geografia



Acadêmicos: Cassandra Silva Santana, Marcelo Oliveira da Cruz, Renato Lima Lopes, Ygor Maia Leiros.

Professor: Pedro Marcos Mansour Andes

Disciplina: Antropologia Cultural

5 período





ROCHA, Everardo P. Guimarães.O que é etnocentrismo.São Paulo: Brasiliense, 2007. (Coleção primeiros passos; 124).96 páginas.



Everardo Rocha nasceu no Rio de Janeiro em 1 de outubro de 1951. Casado, pai de três filhos realizou seus estudos básicos nos colégios Bennett e São Vicente de Paulo. Fez doutorado em antropologia social no Museu Nacional de UFRJ. É, ainda, mestre em comunicação pela Escola de Comunicação da UFRJ, mestre em antropologia social pelo Museu Nacional e graduado em comunicação social pela PUC-Rio há mais de 25 anos e colaborador do Coppead/UFRJ. Consultor, pesquisador do CNPq, tem vários livros publicados, entre os quais destacam – se Magia e capitalismo, A sociedade do sonho, O que é mito, Jogo de espelhos e O que é etnocentrismo. Em artigos, pesquisas e livros, procura aplicar a antropologia aos estudos da comunicação, do consumo, do marketing, das culturas organizacionais e as questões da cultura brasileira.





ETNOCENTRISMO



Etno – cultura, centrismo – ter como centro.



Etnocentrismo é uma estranheza o não reconhecimento do “outro”, aquele que é diferente de nós, procurando somente desvalorizá – lo. Ele é fruto do desconhecimento e de que é humanidade apresenta uma enorme diversidade cultural e que não existem civilizações superiores ou inferiores, melhores ou piores.

A questão etnocêntrica tem a experiência de um choque cultural. Mais conhecida é dos europeus com os indígenas na Amazônia.

Etnocentrismo é uma visão de mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e de todos ao outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossos parâmetros, definições do que é existência. É também visto como um raiado no campo intelectual e racional, que está presente no cotidiano.

Tendo em vista que o etnocentrismo é visto como fato que ocorre em todas as sociedades tendo parâmetros de que o “eu” nosso grupo que veste igual, mesma fala, mesmo hábitos e costumes se deparará com o “outro” até então desconhecido, imaginável, diferente como: hábitos que causavam estranheza, vestimenta, outros valores, ritos. Está ai o etnocentrismo embutido até os dias atuais, onde reforçará dando sustentação a correntes teóricas como embasamento para justificação de atos violentos e até uma forma de reforço de identidade do nosso próprio grupo. Sabendo-se que havendo o trabalho há o progresso, e que na outra sociedade é inferior atrasada, vista como empecilho e que deveria ser exterminada destruída, onde justifica o etnocídio, na matança dos “índios”. (indígenas)

Exemplo: Uma criança de um grande centro Urbano – definiu os índios como “o índio é o maior amigo do homem”. (Pág – 14, ROCHA - 2007).

A imagem construída aportuguesada é de que os indígenas são vistos na época como brabos e traiçoeiros ou mansos e bondosos. Isso por que quem não seria contrario de lhe serem obrigados a fazer aquilo que não lhes era visto tomado para se como verdade sabendo se que lhe fazia tanto mal. Os animais sem falas, por não saberem se comunicar da forma civilizada se expressar, eram ignorados e estereotipados por ideólogos onde o outro não é estilo de vida é ser negativo perante a sociedade.

500 anos se passaram e ainda vemos reproduções que foram alimentadas até os dias atuais, será que estamos dispostos a mudar esta visão de mundo Europeu, que o outro dita às regras onde os fortes “armas de fogo” superiores, por violência e malicia, escandalizou e aculturaram algumas gerações sem medir conseqüências ou tão pouco preocupados com que possibilidades estariam eles errados, nem se quer deixavam se esse pensamento ser especulado numa assembléia, anseios como uma sociedade igualitária.

O índio (indígena) é visto em três formas na História do Brasil, 10 - No papel do descobrimento – aparece como o selvagem, primitivo, pré-histórico, antropófago. Os que precisavam de ajuda de auxilio. No segundo 20 - papel era o da página em branco da criança, inocente, infantil, almas virgens. Impôs sua religião, proteção. No 30 papel virou corajoso mais não por que se era desde o inicio e sim a nova sociedade vista como três etnias distintas, portugueses, negros e selvagens ou crianças, inocentes e naquele momento impar visto como O corajoso, altivo. (Pág – 17, ROCHA, 2007).

O objeto do deste livro é mostrar que pouco a pouco etnocentrismo foi sendo superada ao menos dentro da ciência Antropologia e que era visto como: violências, persistências do que chamamos visão etnocêntrica, como: TV, jornais, revistas, publicidade, rádio, cinema levando o reforço ao se afirmarem como o grupo dominante a “elite”, ditando as regras da vida. Formando assim uma forte ideologia a serem seguidos, os super homens do mundo, os primeiros, os melhores, os superiores, os que se forem seguidos para fazerem parte também do grupo seleto seriam os provedores do modelo de sociedade perfeita.



Etnocentrismo x Relativizar

Uma idéia que vai de encontra status e aquilo que de fato é não usar o nosso próprio modelo e sim o modelo de vida da própria sociedade com seus parâmetros e limites.

A antropologia amplia seu campo de estudo chega até o ponto de questionar a si própria, e não mais só a visão do “outro”.



Reducionismo

Para Boas, a dificuldade de explicar alguma coisa que contém várias partes. Exemplo nossa cultura, que na verdade é uma diversidade cultural. Que cultura? Existe uma só? Sabemos que não cada característica e singularidade de um povo etnia. Por isso antes de qualquer debate sobre o tema dever-se-ia ter uma leitura do real acontecido, com a visão destorcida dos desprivilegiados e sem uma voz na sociedade perfeita.





• Características da Obra



Devido a bastante citação de autores que deram embasamento teórico fica neste trabalho explicito de forma didática e da forma que ROCHA melhor expôs seus pensamentos numa metodologia e linha de pensamento situando num contexto histórico e com palavras chaves que logo em seguida vem sua opinião.





• Definição do Tema



Etnocentrismo relação da visão do “outro” a partir do “eu’.



• Hipóteses Explicativas (Conclusões)



De forma bem embasada tentando desmitificar ideologias imposta e até de forma didática. Pelo ensejo e seu empenho, agregando e atribuindo falas de forma errôneas anexadas ao longo do texto desnecessárias.



• Referências Teóricas



Durkheim - sociedade vista como organismo.

Boas – é o de iniciar uma reflexão que veio a relativizar o conceito de cultura.

Malinovski – o que foi a campo e vivenciou experiências ratificando estudo o laboratório.

Mauss -

Roberto da Matta – trabalho juntamente com os indígenas na Amazônia.

Morgan – calculou as sociedades segundo seu grau de evolução, estádios evolutivos, onde caracterizou em níveis como: selvageria, barbárie e civilização.

Fraser - não teve nenhum contato com indígenas em sua concepção de teoria onde desprezava a revitalização.



• A quem é dirigida à obra



Aos leigos, aos companheiros acadêmicos do Curso de Licenciatura em Geografia e a todos os que se interessassem sobre uma a verdadeira visão do indígena, para terem conteúdo para enraizar uma discussão.



• Subsídios para o estudo de quais disciplinas?



Antropologia, Geografia, História, Sociologia